Secretário do Catar estima entre 400 e 500 mortes de imigrantes
Secretário Geral do Comitê da Copa do Mundo, Hassan Al-Thawadi, afirmou que a organização estima entre 400 e 500 mortes de trabalhadores imigrantes durante as construções do Catar para receber o Mundial. Os números apresentados são bem diferentes das 40 mortes que o país confirmava até então.
"Nós estimamos em torno de 400. Entre 400 e 500. O número exato está sendo discutido", disse o secretário, em entrevista ao jornalista Piers Morgan, no canal britânico Talk TV.
Depois da entrevista, o Supremo Comitê de Entrega e Legado da Copa do Mundo emitiu uma declaração em nome de Al-Thawadi. No comunicado, o órgão reforça o que vinha pregando e diz que o país registrou três mortes relacionadas aos trabalhos do Comitê e outras 37 não relacionadas.
"O secretário-geral, Hassan Al Thawadi, disse ao programa 'Uncensored' de Piers Morgan que houve 3 mortes relacionadas ao trabalho e 37 mortes não relacionadas ao trabalho nos projetos do Comitê Supremo de Entrega e Legado. Isso é documentado anualmente no relatório público do SC e abrange os 8 estádios, 17 instalações não competitivas e outros locais relacionados sob o escopo do SC”, diz o documento.
“As citações separadas referentes aos números referem-se às estatísticas nacionais que cobrem o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, abrangendo todos os setores e nacionalidades", completa
As condições de trabalho e o número de mortes na preparação para a Copa do Catar foram alvo de críticas e protestos de diversos países e entidades que fiscalizam os direitos humanos antes do início da Copa. O Catar, no entanto, raramente fala abertamente sobre o tema.




